“A meio da noite levo um esticão do cão e dou um salto. Alerto o Furriel que
temos o IN à nossa volta e pegámos nas armas. Tentámos ver no escuro sem nada vermos. A chuva continuava a cair
intensamente no chão que não nos deixa ouvir convenientemente, os ruídos são variados e desconhecidos.
O Furriel e o Alferes vão passando
a mensagem para ninguém disparar sem ver em quê, e em quem. O cão de rabo encolhido e de orelhas espetadas
mas de modo pouco habitual,
confundindo-me com os seus sinais
a qualquer presença estranha.
Estava baralhado e a tentar perceber
o que ele me dizia. Se fosse algum IN,
ele teria partido ao ataque e não ficava ali especado de rabo caído. Estranho.
A adrenalina a subir, o frio já tinha
passado, agora só se sentia o corpo
a ferver. Mas o que se passava ali
ao nosso redor?“